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terça-feira, 18 de maio de 2010

Diversificação! Onde?


A idéia de cultura no Brasil está longe de ser aquela idéia cultural existente na teoria. Pois a cada momento de nossas vidas percebemos repressões sobre aqueles que cultivam uma ideologia cultural diferente da tradicional ou a que se destaca na moda. E nesta relação assistimos muitas destas culturas caindo em decadência até chegarem a sua “morte” causada por uma intolerância mesquinha e guiada por culturas massificadas de baixo nível psicológico.
Semana passada houve no bairro de São Braz uma tentativa de manifestação cultural chilena organizada pelos próprios estrangeiros que queriam passar a mensagem de sua cultura em forma de música. Quando quase tudo estava pronto, chega a polícia e proíbe o ato, alegando que a praça “pública” não é lugar para isso, que era necessário um alvará para realizar a atividade. Mais se um playboy ou um bregueiro colocar seu automóvel no mesmo local, abrir o seu porta-malas e destruir nossos canais auditivos, ninguém vai falar nada, inclusive os policiais, pois eles têm o direito de se expressar. Isso se enquadraria em poluição sonora, crime no qual ninguém dá importância. Enquanto os pobres chilenos terão que recolher seus banjos e violas para não serem presos.
A cultura no Brasil vem sendo usada para desenvolver o consumismo e a homogeneização de idéias na população, a exemplo tivemos a novela Caminho das Índias que mostrava uma manifestação cultural superficial em relação com a verdadeira cultura indiana. Em poucas palavras eles a refizeram com uma pitada a là brasileira. E nesta identidade formou-se uma padronização da cultura mais uma vez no Brasil, onde as pessoas teriam que vestir-se e dançar daquela forma.
Enquanto a governadora mantiver as bibliotecas públicas fechadas e as escolas sem manutenção, a formação cultural da população continuará lenta. E neste processo as possibilidades psíquicas de cada um não progredirão, as crianças crescerão mais burras e alienadas e o Brasil só conquista a copa do mundo. Apenas isso...


continua...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Idéias e ideais comuns (parte 1)

Quando uma pessoa normal usa o Google, ela pesquisa sobre os mais diversos assuntos, das mais diversificadas espécies e desenvolve grande conhecimento através disso. Pessoas não normais utilizam o Google para ficarem “putos”, pesquisando coisas simples justamente para se contraporem ao que o site de busca explica. Eu acho que sou um destes não normais ou chatos na linguagem popular, pois quando pesquiso, logo tenho uma concepção de que o site de busca está preso a uma idéia homogênea daquela pesquisa, fornecendo assim uma única idéia, uma fórmula pronta desenvolvida sempre pelas mesmas pessoas.

Ao digitar uma pesquisa, você tem milhares de links diretos para este assunto que já foi totalmente mastigado e devorado, ali você só lê a concepção de milhares de pessoas. Seu único trabalho foi digitar e escolher o link que mostra uma maior completude do assunto, a partir daí se é dada a leitura e neste momento já se domina o assunto em grande parte. Mais será que esta pesquisa foi feita e desenvolvida por uma capacidade mental única ou coletiva? Quem já reparou que quase todos os links obtidos na pesquisa são sempre a mesma coisa, muitas vezes até as mesmas palavras? Tente digitar uma palavra comum como feio ou bonito e todos os resultados darão em uma única linha de raciocínio. É semelhante ao olhar em um dicionário que sempre lhe dará a mesma resposta sem um compromisso com a reflexão.

Por estes motivos recomendo um uso de diversas fontes diversificadas para assim obter maior nível cultural, de preferência use livros também. Não deixe sua mente ficar presa com a “mentalidade comum”.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Saúde, Cigarro e Consciência.

     A mídia nos mostra a cada noticiário, documentário e quadros de saúde um organismo fragilizado pelo uso do tabaco, e este processo deixou bem esclarecido o malefício causado pela singela droga. Então por que ainda existem tantos fumantes no mundo? A conscientização foi falha? As pessoas não entenderam o recado? Ou preferem ignorar a existência de um mal em algo tão relaxante?
     No filme Obrigado Por Fumar lançado nos cinemas em 2006, há uma das melhores explicações encontradas da causa de todos os fumantes preferirem arriscar sua saúde e ignorar as recomendações médicas. A resposta para tanta contradição está na manipulação das mídias, pois é justamente esta a responsável pela propagação da visão positiva do tabagismo. A mídia desenvolveu metas e parceiras para chocar o público alvo com campanhas fornecedoras de prazer e alívio imediato aqueles que se mostram capazes de fumar em momento de lazer ou reflexão.
     Em diversos momentos do longa-metragem OPF nota-se uma familiarização constante dos personagens principais com o cigarro em momentos fundamentais do filme, como o desenvolvimento do plano perfeito adquirido pela tragada mais forte no Marlboro, ou quando a situação fica feia e o protagonista só relaxa quando traga o seu cigarro Hollywood. Estas cenas são comuns em qualquer filme, e neste rumo segue a parceria inquebrável da indústria do tabaco com a do cinema. Levando a construção de um ideal público ligado a reflexão e inteligência com o uso do cigarro.
As indústrias do tabaco demonstram grande interesse na juventude, pois é esta que lhes dará lucro nas próximas décadas, e quando esta juventude mostra-se mais diversificada em pontos de vistas, os empresários utilizam novas ferramentas, como o patrocínio em modalidades esportivas, que após alguns protestos foram proibidos em grande escala. Forçando uma nova estratégia destes empresários que agora estão atacando na construção de uma ligação entre a identidade e dos sentidos.
     O filme revela uma identidade construída nos sentimentos, baseando-se em satisfação ligada com sensação, e esta sensação é aflorada em cada trago, revelando grande prazer aqueles que utilizam a droga. E nesta simples e fácil didática, as opiniões vão se formando contra ou a favor da utilização do produto que é fabricado em todo o mundo enriquecendo os grandes empresários de forma grandiosa naquilo que se contrapõe ao ritmo de gerações ligadas á saúde e o bem estar. Nesta história o mundo entra em conflitos de idéias, os que não aderem ao tabagismo reclamam da poluição em vários sentidos e os fumantes reclamam de todos aqueles que discriminam e de todas as orientações e limitações oferecidas aos fumantes.
     Dentro de limitações e revoluções, o tabagismo desde o início de sua existência esteve ligado a grandes discussões, e discussões inteligentes sempre levam a evolução de idéias e pessoas. E neste simples raciocínio fica a esperança de uma solução agradável aos que prezam a saúde preferindo não fumar, e também aqueles que mesmo sabendo os malefícios causados pelo tabaco, buscam nos cinco minutos de tragos a reflexão e o relaxamento necessário para eles. Não escondendo de ninguém o seu prazer de poder tragar por querer.